DOXORRUBICINA
O outro lado da cura
A doxorrubicina não deve ser administrada por via intramuscular ou subcutânea, pois é mais provável ocorrer extravasamento e consequentemente necrose tecidular local. Deve sim ser administrada por via intravenosa e sempre por um profissional de saúde com experiência no uso de agentes quimioterápicos.
Administração
Comunicação de risco
Alertas e precauções
Toxicidade
O comprometimento da função cardíaca é diretamente proporcional à dose cumulativa quando esta se aproxima ou excede os 550 mg/m2 de doxorubicina administrada, sendo a falha cardíaca congestiva fatal a manifestação mais severa da cardiotoxicidade e podendo ocorrer durante ou
[1]ToxNet:US Natl Inst Health; DailyMed. Current Medication Information for Doxorubicin Hydrochloride (doxorubicin hydrochloride) injection, powder, lyophilized, for solution (October 2006). Available from, as of October 3,2009: http:// dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?id=2256
[2]ToxNet:American Society of Health System Pharmacists; AHFS Drug Information 2009. Bethesda, MD. (2009), p. 1049
[3]Doxil (2013) Doxil (Doxorubicin HCl Liposome Injection) Product Information. http://www.doxil.com/shared /product/ doxil/prescribing-information.pdf [Acedido a 24-05-2014]
[4]INFARMED (2008) FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. http://www.infarmed.pt/ infomed/download_ficheiro.php?med_id=47822&tipo_doc=rcm [Acedido a 24-05-2014]
Gravidez e aleitamento
meses/ anos após o término da terapia. Esta “cardiotoxicidade atrasada” é mais típica em pacientes pediátricos. Quando se trata de uma cardiotoxicidade aguda, esta ocorre imediatamente após a administração de uma única dose e pode ser detetada por anormalidades no electrocardiograma, como por exemplo o achatamento da onda T, depressão do segmento ST, prolongamento do intervalo QT e arritmias (taquicardia). Contrariamente, uma cardiotoxicidade crónica reflete um dano progressivo com perda de cardiomiócitos, resultando na diminuição da espessura da parede ventricular e do desempenho sistólico.
Além disso, a presença concomitante de fatores de risco como doença cardiovascular, terapêutica concomitante como por exemplo a administração simultânea de outros fármacos cardiotóxicos , idade, doença hepática, hipertermia e/ou sexo feminino, aumenta o efeito cardiotoxicico.
Contudo é de extrema importância ter presente que, a sensibilidade à cardiotoxicidade induzida por antracicinas exibe uma variação interindivídual.
Pode ainda ocorrer mielossupressão severa após o tratamento com doxorrubicina, pelo que logo o estado hematológico deve ser cuidadosamente monitorizado (leucopenia é a manifestação principal de toxicidade hematológica; trombocitopenia; anemia)
[1,2]
A doxorrubicina durante a gravidez só deve ser administrada se os benefícios previstos para a mãe forem nitidamente superiores aos possíveis riscos para o feto. É de ter em atenção que em estudos realizados com animais, este fármaco mostrou provocar efeitos tóxicos sobre a função reprodutora, originando um aumento das mortes fetais e redução do tamanho da ninhada.
Em relação à administração de doxorrubicina no período de aleitamento está descrita a sua excreção no leite materno. Por este motivo, sabendo que os efeitos secundários severos da administração deste fármaco em lactentes, o aleitamento deve ser descontinuado durante o tratamento com doxorrubicina.[3,4]